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Última atualização em Terça, 19 de Novembro de 2024, 11h28 | Acessos: 104495

Índice de Artigos

CERTIFICADO INTERNACIONAL DE VACINAÇÃO OU PROFILAXIA - CIVP

O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia é um documento que comprova a vacinação contra a febre amarela. É exigido por alguns países para a entrada de viajantes em seu território e emitido gratuitamente pela Anvisa, exclusivamente para pessoas que se vacinaram no Brasil.

Somente pessoas que irão viajar para países que exigem a vacinação contra a febre amarela ou fazer escala/conexão em algum desses países necessitam do CIVP. Crianças a partir de 9 meses já precisam do certificado.

O recebimento de uma dose da vacina de febre amarela é pré-requisito para a emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP). Para imprimir o certificado o cidadão deverá:

  1. Entrar na página do Meu SUS Digital no link: https://meususdigital.saude.gov.br/login;
  2. Clicar em Entrar com o Gov.br;
  3. Digitar o CPF e confirmar;
  4. Digitar a Senha e entrar;
  5. Aceitar os termos;
  6. Clicar em Vacinas;
  7. No link CIVP, clicar em suas vacinas de febre amarela (caso não apareça essa opção, procurar uma Unidade Básica de Saúde para atualizar os dados da vacina);
  8. Clicar em Exportar documento;
  9. Imprimir seu Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia para a Vacina Febre Amarela.

Caso seja um viajante que não esteja apto, por razões médicas, para o recebimento da vacina de febre amarela, no lugar do CIVP, o mesmo deverá estar de posse de um atestado médico de inserção de vacinação, escrito em inglês ou francês além do português, Conforme modelo: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/paf/certificado-internacional-de-vacinacao/arquivos/modelo-de-atestado-de-isencao_vacina-febre-amarela.pdf, contendo, no mínimo:

  • Nome completo do viajante;
  • Data de nascimento;
  • Sexo;
  • Descrição detalhada da contraindicação da vacinação contra a febre amarela; e
  • Assinatura e carimbo do profissional médico.

Contraindicações:

  • Crianças menores de 6 (seis) meses de idade;
  • Pacientes em tratamento com imunobiológicos (Infliximabe, Etarnecepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Rituximabe, inibidores de CCR5 como Maraviroc), em pacientes que interromperam o uso dessa medicação é necessária avaliação médica para se definir o intervalo para vacinação, conforme manual dos CRIE;
  • Pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos;
  • Pacientes com imunodeficiências primárias graves; e,
  • Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).

Influenza

A gripe é uma doença causada pelo vírus da Influenza, que ocorre predominantemente nos meses mais frios do ano. Esse vírus apresenta diferentes subtipos que produzem a chamada gripe ou influenza sazonal. A gripe tem início súbito e, na maior parte dos casos, tem cura espontânea, entre 7 e 10 dias. Em algumas situações, podem ocorrer complicações como pneumonia e insuficiência respiratória, configurando um quadro denominado de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Essas complicações são mais comuns em grupos mais vulneráveis, como as pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de 2 anos, gestantes e portadores de doenças crônicas.

Principais Sintomas

  • Febre repentina;
  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Dores nas articulações;
  • Dores nas costas;
  • Falta de ar, cansaço;

Medidas de Prevenção

  • Lavar bem as mãos, frequentemente, com água e sabão;
  • Evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço descartável ao tossir ou espirrar;
  • Manter os ambientes arejados, com portas e janelas abertas.

Perguntas Frequentes


1. O que é a Influenza?

Também conhecida como gripe, a Influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38°C, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de 3 dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por 3 a 4 dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir Influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também frequentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.

2. Resfriado e Influenza (gripe) são a mesma coisa?

Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na Influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriado comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus.

3. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a Influenza?

Sim. Além do resfriado comum, a rinite alérgica é uma das doenças que mais se confundem com a gripe. Na rinite alérgica ocorrem sintomas como espirros, congestão e corrimento nasal. Existem 2 formas de rinite alérgica: uma sazonal (em determinadas épocas do ano) e uma que dura o ano todo, podendo ser contínua ou intermitente. A rinite alérgica não é acompanhada de febre. Porém, isso pode acontecer quando ela estiver associada a uma infecção.

4. Qual o agente causador da influenza humana?

Um vírus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações, sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não tem importância clínica nem epidemiológica.

5. Como a influenza humana é transmitida?

A influenza humana pode ser transmitida:

  • De forma direta, através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar ou tossir;
  • De forma indireta, por meio das mãos que, após contato com superfície recentemente contaminada por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.

A transmissão direta inter-humana (ou seja, de pessoa a pessoa) é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem.

O período que uma pessoa pode transmitir a doença (transmissibilidade) é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas.

6. Como o vírus da influenza existe na natureza?

Os vírus existem naturalmente em diversas espécies animais, como aves, mamíferos e herbívoros. Em geral, os vírus são específicos de cada espécie animal e só raramente se observa infecção cruzada entre espécies diferentes, como da ave para o homem, por exemplo. No entanto, o porco pode se infectar tanto com vírus humanos como vírus de aves.

As aves silvestres, principalmente as migratórias, podem se infectar sem apresentar sintomas. São chamadas de reservatórios naturais do vírus e propiciam sua disseminação entre os continentes, representando um elemento importante na cadeia de transmissão da influenza aviária. No entanto, o vírus da influenza já foi identificado em diversos tipos de aves, inclusive as aves domésticas.

7. Como o vírus influenza das aves pode causar doença humana?

Os vírus influenza estão presentes nas fezes, sangue e secreções respiratórias das aves infectadas. Desse modo, a contaminação humana pode ocorrer pelo contato direto com as aves infectadas por meio de inalação dessas secreções (inclusive durante a limpeza e manutenção nos aviários ou criadouros sem os cuidados necessários de proteção) ou durante o abate ou manuseio das aves infectadas.

8. Quais são os sintomas da influenza humana?

Os primeiros sintomas costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio, e podem ser:

  • Febre (geralmente acima de 38°C);
  • Dor de cabeça (cefaléia);
  • Dor nos músculos (mialgia);
  • Calafrios;
  • Prostração (fraqueza);
  • Tosse seca;
  • Dor de garganta (amigdalite);
  • Espirros e coriza;
  • Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (ganglios no pescoço), diarréia e vômitos.

9. A influenza humana é uma doença grave?

Geralmente a influenza é uma infecção auto-limitada, ou seja, evolui para cura completa devido à reação do próprio organismo humano à ação do vírus. No entanto, a influenza pode causar doença grave em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (como diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), pessoas imunodeprimidas, gestantes no 2º e 3º trimestres de gravidez e recém-nascidos. Essas pessoas são consideradas grupos de maior risco para apresentar complicações da influenza, como a pneumonia, e podem precisar de atenção hospitalar quando adoecem.

10. Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?

Sim. O Ministério da Saúde, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade a partir de 60 anos, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados.

A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando de forma predominante nos hemisférios norte e sul.

11. Qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a influenza?

Sim. A partir dos 6 meses de idade e desde que não tenha alergia a ovo (uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha). No entanto, a política de vacinação contra a influenza atualmente adotada pelo Ministério da Saúde é direcionada para os grupos de maior risco de desenvolver as formas graves e complicações da doença.

12. Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?

A vacina protege por um ano. Entretanto, o vírus da gripe é capaz de mudar suas características com muita frequência. Por isso, a cada ano é necessário que se tome uma nova vacina.

13. Pode-se ter gripe mesmo estando vacinado contra influenza?

Sim. Porque a vacina protege contra os 3 tipos de vírus que anualmente fazem parte da sua composição e porque, entre os idosos, sua proteção não é de 100%. Mesmo assim, a vacinação diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos.

14. A vacina contra influenza pode provocar reações?

Sim. Mas as reações são geralmente leves. As mais comuns são: dor, vermelhidão e enduração no local de aplicação, que ocorrem nas primeiras 72 horas após a vacinação. A febre como reação adversa à vacina ocorre em menos de 1% dos casos e reações alérgicas graves (anafilaxia) não são comuns. Acredita-se que as reações estejam associados aos componentes vacinais, principalmente à proteína do ovo de galinha (que é utilizado na produção da vacina). É essencial que as pessoas que tenham história de alergia a alguma vacina, ao ovo ou a proteínas de galinha, informem ao profissional de saúde antes de receber a vacina. Raramente ocorre dor em trajetos de nervos (neuralgia), sensação de dormência (parestesia) e fraqueza muscular.

15. Quais são os benefícios da vacina contra influenza?

  1. Proteção contra o vírus da influenza ou gripe e contra as complicações da doença, principalmente as pneumonias bacterianas secundárias;
  2. Estudos recentes indicam que a vacina também pode proteger contra infarto e derrame.

16. Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?

Sim. Apesar de o tratamento da influenza não complicada ser realizado com medicações sintomáticas, repouso, hidratação e alimentação leve, nas situações em que há indicação médica podem ser utilizadas 2 classes de drogas, os bloqueadores do canal M2 de envelope viral (amantadina e rimantadina) ou os inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanimivir). Há vantagens e desvantagens no uso de ambos os grupos de drogas, que devem ser avaliados pelo médico que fará as prescrições, quando necessário.

Obs.: Devido ao risco de aparecimento de algumas reações graves, é importante evitar o uso de ácido acetilsalisílico na vigência de quadros de influenza.

17. Existe tratamento para as complicações da influenza?

Sim. As principais complicações são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento será específico, geralmente com antimicrobianos (antibióticos). Para tanto, é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde.

18. O que a população pode fazer para evitar a influenza?

Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se:

a) População em geral:

  • Higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
  • Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
  • Usar lenço de papel descartável;
  • Proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
  • Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 dias após o início dos sintomas);
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
  • É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
  • Restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
  • Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

b) Cuidados no manejo de crianças em creches:

  • Encorajar cuidadores e crianças a lavar as mãos e os brinquedos com água e sabão quando estiverem visivelmente sujas;
  • Encorajar os cuidadores a lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente quando a criança está com suspeita de síndrome gripal;
  • Orientar os cuidadores a observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando há notificação de surto de síndrome gripal na cidade; os cuidadores devem informar os pais quando a criança apresentar os sintomas citados acima;
  • Evitar o contato da criança doente com as outras. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar a transmissão da doença;
  • Orientar os cuidadores e responsáveis pela creche que notifiquem a secretaria de saúde municipal caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa na creche.

c) Medidas específicas em situação de epidemia de influenza:

  • Pessoas com condições clínicas graves da infecção ou suas complicações (pneumonia viral primária ou bacteriana, por exemplo), recomenda-se procurar tratamento médico-hospitalar. Para esses locais, recomenda-se a adoção estrita de medidas de biossegurança, conforme as orientações técnicas do Ministério da Saúde;
  • Restringir visitas ao paciente, principalmente no período de transmissibilidade da doença (até 5 dias após o início dos sintomas);
  • Colocar máscaras no paciente, se possível, quando o mesmo for transportado;
  • Avaliar a necessidade de suspensão temporária das atividades coletivas do grupo etário de crianças e pré-escolares, como forma de reduzir a transmissão ampliada da doença na comunidade;
  • Cuidados adicionais com gestantes (2º e 3º trimestres) e bebês para evitar infecções secundárias (pneumonia), e parturientes para evitar transmitir a doença para o bebê. O gestante:
    • Buscar o serviço de saúde caso apresente sintomas de síndrome gripal;
    • Na internação para o trabalho de parto, priorizar o isolamento se a mesma estiver com diagnóstico de influenza;
  • O parturiente:
    • Após o nascimento do bebê, se a mãe estiver doente, usar máscara e lavar bem as mãos com água e sabão antes de amamentar e após manipular suas secreções; estas medidas devem ser seguidas até 7 dias após o início dos sintomas da mãe;
    • A parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê;
  • O bebê:
    • Priorizar o isolamento em berçários;
    • Os profissionais e mães devem lavar bem as mãos e outros utensílios (mamadeiras, termômetros, etc.).

Além dessas recomendações, outras medidas de controle e prevenção poderão ser adotadas, de acordo com a gravidade, extensão geográfica e magnitude do surto.

19. Que cuidados devem tomar as pessoas que viajarem para um país onde estão ocorrendo casos de influenza aviária?

  • Evitar contato com aves em granjas e mercados públicos;
  • Evitar ingerir alimentos de origem animal (principalmente aves e suínos) crus ou de procedência duvidosa;
  • Evitar locais fechados com grande concentração de pessoas;
  • Manter cuidados básicos com a higiene pessoal, como lavar sempre as mãos antes de se alimentar ou levar a mão ao rosto;
  • Procurar imediatamente o serviço de saúde caso venha a apresentar sintomas como os já citados acima.

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