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Londrina passa a contar com chat inteligente sobre o coronavírus

  • Última atualização em Quarta, 15 de Abril de 2020, 14h48
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A plataforma foi criada para fornecer informações instantâneas pelo endereço coronaai.uel.br ; ferramenta é mais uma opção, junto com o Disque-Coronavírus

 
chat disque coronavirus VH 1
 

Qualquer pessoa que queira tirar dúvidas e obter informações, seguras e confiáveis, referentes ao coronavírus, agora conta com uma plataforma eletrônica que atende 24 horas pela internet, por meio de sistema automático de mensagens instantâneas. Trata-se do Corona AI, um chat inteligente implantado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) como mais um canal de suporte aberto ao público, incorporado ao Disque-Coronavírus (0800-400-1234), que funciona em parceria com a Prefeitura de Londrina. Este novo serviço está disponível, desde o último fim de semana, pelo site https://coronaai.uel.br/ .

Ao acessar a página principal, o usuário logo visualiza uma caixa de diálogo e já pode começar a inserir suas perguntas, que serão respondidas imediatamente por um robô, em sistema de ChatBot. É possível ter orientações das mais diversas, incluindo os sintomas principais da Covid-19, medidas preventivas como higiene e uso de máscaras, quando e como procurar os serviços de saúde, isolamento social e quarentena, uso de medicamentos, entre outras.

A base de dados do Corona AI é toda estruturada com informações atualizadas que integram o mesmo manual de perguntas e respostas já utilizado diariamente nos atendimentos do Disque-Coronavírus. Os dados são organizados e corroborados cientificamente pela equipe responsável, formada por docentes especializados e profissionais da saúde, e alinhados aos protocolos e recomendações do Ministério da Saúde e, em âmbito local, da Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, esta solução tecnológica surge com a proposta de também diminuir a circulação e propagação de notícias falsas, tão comuns na internet

De acordo com a pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade da UEL, Mara Solange Gomes Dellaroza, uma das coordenadoras do Disque-Coronavírus, a nova ferramenta amplia o acesso à informação e vem parar suprir a crescente demanda de procura da população por orientações. “O sistema de troca de mensagens imediatas cria condições para que dúvidas básicas sobre o coronavírus sejam esclarecidas de forma rápida, com funcionamento 24 horas. As informações fornecidas possuem base científica com curadoria de professores especialistas em saúde. É um canal seguro para que a população consiga saber aquilo que necessita sobre o assunto”, enfatizou.

Para Dellalorza, outro ponto importante é que a plataforma de chat automático vem para somar com o serviço Disque-Coronavírus. “Esta tecnologia ajudará a desafogar um pouco da concentração de serviços que chega até a equipe de bolsistas acadêmicos e colaboradores voluntários que fazem os atendimentos diários por telefone”, acrescentou.

Os atendimentos pelo chato são os mesmos para qualquer usuário da plataforma. Sendo assim, em nenhuma circunstância a pessoa será direcionada a atendentes físicos ou com abordagens individuais, uma vez que esta categoria de atendimento cabe ao serviço telefônico já existente. Nove colaboradores fazem parte da equipe do Corona AI, que envolve profissionais, pesquisadores e estagiários dos departamentos da UEL de Computação, Saúde Coletiva, Gabinete Geral, Tecnologia da Informação, Comunicação e Medicina Veterinária.

SYLVIO BARBON JÚNIOR ED arquivo 1A ferramenta – O coordenador dos trabalhos do Corona AI, Sylvio Barbon Junior, professor e pesquisador do Departamento de Computação da UEL, contou que este instrumento foi estruturado com processamento de linguagem natural e inteligência artificial. “O robô do site foi treinado com variações de abordagens e estímulos, por texto e voz, para que os diálogos pudessem ser construídos. Não existe uma lista fixa de respostas, elas são dadas conforme a identificação de palavras-chaves e a formações das frases. A máquina busca as informações em uma base dinâmica de dados, obtidos em fontes científicas oficiais”, afirmou.

 

 

Segundo Junior, que trabalha com pesquisa artificial e aprendizado de máquinas, desde 2013, e com fake news, desde 2018, a plataforma surgiu em 2020 como continuação de pesquisas para um outro projeto. “A iniciativa foi adaptada recentemente devido à necessidade por conta da pandemia do coronavírus, mas é fruto do projeto de Processamento de Linguagem Natural e Mineração de Texto, realizado na UEL. Antes disso, estava sendo criado um robô para detectar e avaliar a veracidade de notícias, por isso ele tem essa característica e consegue apontar diversos boatos sobre a Covid-19, de acordo com os termos pesquisados pelo público, disponibilizando links aos usuários. É fundamental que as pessoas consigam ter opções para identificar notícias falsas, principalmente em um momento como este”, salientou.

Durante o acompanhamento do site, a equipe da plataforma notou que, em um dado momento, havia cerca de 20 pessoas online fazendo perguntas ao mesmo tempo, com as respostas sendo dadas simultaneamente no chat. “O quanto de atendimento presencial isso não demandaria em outro canal? Mais uma vantagem é que o sistema, além de agregar vários conhecimentos, pode ser atualizado constantemente. Quando começamos a criar o robô, a questão da cloroquina ainda não estava em destaque, bem como as recomendações sobre o uso de máscaras não eram precisas pelos órgãos de saúde, e precisamos promover atualizações na base”, exemplificou.

Disque-Coronavírus – Desde que entrou em funcionamento, há pouco mais de 20 dias, este serviço contabilizou cerca de 2.500 atendimentos por telefone ao público londrinense. Os atendimentos ocorrem pelo telefone 0800-400-1234, de segunda a sexta-feira, sempre das 7h às 22h.

A partir desta terça-feira (14), a novidade do Disque-Coronavírus são os agendamentos com médicos da Prefeitura para o fornecimento de orientações mais aprofundadas e esclarecimentos, por telefone, quando necessário, em casos considerados especiais. Durante os atendimentos regulares, quando for constatado que a pessoa está apresentando sintomas do coronavírus, a equipe de suporte poderá repassar o atendimento a um profissional médico para ter mais detalhes e saber como proceder de forma correta.

Atualmente são 24 pessoas trabalhando na equipe deste projeto, sendo 12 bolsistas acadêmicos, da UEL e outras instituições, e mais 12 estudantes voluntários, dentre os quais do curso de Farmácia. Professores e pós-graduandos da UEL são responsáveis por orientar e coordenar as equipes envolvidas.

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