Sobe para 236 o número de casos confirmados de dengue
A região de maior alerta continua sendo a sul, que registra 190 casos positivos da doença
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou o boletim com os dados atualizados sobre a dengue em Londrina, em entrevista coletiva concedida pelo titular da pasta,
Felippe Machado, na manhã desta sexta-feira (8), na Prefeitura de Londrina. Subiu para 236 o número de casos confirmados de dengue, 46 confirmações a mais do que na semana anterior, demostrando que o município segue em alerta para uma possível epidemia da doença.
A maioria dos registros positivos continua sendo na região sul, com 190. O município tem 2.524 casos notificados e destes 1.495. Até o momento 11 pessoas estão internadas em decorrência de dengue, uma mulher de 36 anos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e as outras em enfermaria. Também foram registrados dois óbitos com suspeita de terem sido causados por dengue, contudo os estão em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais. Há 11 casos do sorotipo II da doença, que pode provocar maiores complicações e óbitos, em todas as regiões da cidade, demonstrando que o vírus já circula por todo o município casos estão em investigação, por meio de exames laboratoriais feitos em Curitiba, para determinar se a causa das mortes foi realmente em decorrência da doença. Os pacientes eram do sexo masculino e tinham 56 e 89 anos.
Segundo o secretário Machado, o registro destas mortes preocupa ainda mais a SMS. “Nosso grande desafio, durante todo este processo, é evitar casos graves de dengue e óbitos. Este cenário liga ainda mais o sinal de alerta e esta atenção deve ser tanto do poder público quando da população, para que as pessoas entendam a seriedade e gravidade que é uma epidemia de dengue e nos auxiliem no combate ao vetor”, alertou.
Medidas – A SMS resolveu ampliar o número de ciclos de fumacê, em algumas regiões da cidade, de cinco para oito, para tentar controlar o número de casos confirmados. Também vai haver ampliação da aplicação do veneno para localidades ainda não contempladas nas regiões sul, norte, oeste, centro, e leste, totalizando 87.604 imóveis na próxima semana. A aplicação do veneno objetiva matar o mosquito Aedes aegypti em fase adulta. O trabalho iniciou em Londrina no dia 16 de fevereiro, em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (SESA).
Os agentes de Endemias também vão prosseguir com a ação de vistoria em residências, em todas as regiões da cidade. A previsão é de que estes profissionais visitem 60.618 imóveis na semana que vem. “Os agentes têm nos relatado dificuldades em adentrar em algumas residências, por isso solicitamos a colaboração dos moradores, pois este é um trabalho fundamental neste contexto de uma possível epidemia”, disse Machado.A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Itapoã, região sul, continua aberta no período noturno, funcionando das 7 às 23 horas. Lembrando que das 19 às 23 horas os atendimentos são voltados exclusivamente para atender pacientes com suspeita ou confirmação de dengue.
Machado avaliou que as ações implementas pela SMS tem tido êxito. “Nas duas últimas semanas observamos a queda do número de casos confirmados e notificados, em comparação com as semanas anteriores, e isso demonstra que as ações de campo, do fumacê e o apoio da imprensa na divulgação, têm dado resultado”, afirmou.
Outras doenças – A SMS também divulgou o panorama das outras doenças provocadas pelo vetor Aedes aegypti. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, o município ainda não registra a circulação dos vírus da febre amarela, febre chikungunya e zika vírus no município.
“Com relação à febre amarela, permanecemos em alerta para a circulação do vírus entre os humanos e entre os macacos, que são o indicativo de que o vírus possa ter chegado na cidade. No caso da chikungunya, registramos 11 casos de pessoas com suspeita da doença. Destes, quatro foram descartados e os demais seguem em investigação. Com relação à zika, não temos registros de nenhum caso suspeito no ano de 2019, em Londrina”, informou a diretora.
Sintomas – A orientação da SMS é que nos primeiros sintomas de dengue, a pessoa se dirija às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para que o diagnóstico inicial e a notificação sejam feitos. Os hospitais ficam na retaguarda, recebendo os casos que exigem maior atenção e internação clínica. Os principais sintomas incluem a febre alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e indisposição.